PSA / Projeto Manancial Vivo

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) conta com 3,5 milhões de habitantes, reunindo 29 municípios do Paraná, que apresentam relativo processo de conurbação, sendo uma das dez mais populosas do Brasil e ocupando a 118ª maior área metropolitana do mundo. O maior risco de diminuição da segurança hídrica desta região está associado ao estresse hídrico sazonal (incapacidade de atender à demanda ecológica e humana por água devido a variações intra-anuais na disponibilidade desta), podendo causar escassez de água em quantidade e/ou qualidade suficiente para o abastecimento humano.

O abastecimento de água provém, majoritariamente, de uma bacia hidrográfica relativamente pequena – a do Alto Iguaçu, que corresponde a menos de 2% do território paranaense e concentra mais de 28% da população do Estado. O crescimento urbano não ordenado, assim como o incremento na demanda pelo recurso hídrico para fins industriais e também para agricultura, foi mais acelerado do que o previsto, e a exaustão dos mananciais não é mais cenário para longo prazo, mas, sim, uma realidade imediata. São grandes os reflexos na qualidade das águas, com altos custos econômicos e sociais.

Neste contexto, é salutar a importância do Município de Piraquara, componente da RMC, para o abastecimento público, sendo o maior produtor de água do sistema integrado de abastecimento. Piraquara é responsável pelo abastecimento de 50% desta população através dos sistemas Iraí (Reservatório do Iraí) e Iguaçu (Reservatório do Piraquara I e Piraquara II). Neste, está inserida a Bacia do Rio Piraquara, alvo do Projeto Manancial Vivo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

Com uma área territorial total de 225 km², Piraquara possui 93% do seu território comprometido com área de manancial, vivendo uma realidade de abundância. No entanto, o crescimento populacional da própria RMC tem refletido na explosão populacional do município e ocupação de áreas frágeis ambientalmente, inclusive dentro das áreas de Proteção Ambiental. De modo que a degradação ambiental é um poderoso agente gerador ou acentuador da escassez. As ocupações irregulares em áreas de proteção propiciam a poluição através do despejo irregular de esgoto, lixos e destruição de vegetação ciliar. A retirada da cobertura vegetal para a agricultura sem controle de erosão, por exemplo, aumenta o escoamento superficial carregando sedimentos, causando assoreamento dos rios, lagos e represas.

Assim, o Projeto Manancial Vivo visa estimular os proprietários do entorno do Reservatório Piraquara I, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Piraquara a realizarem boas práticas de conservação das áreas naturais, bem como o manejo adequado de áreas produtivas, conciliando, assim, a conservação da natureza, a agropecuária e o turismo. O intuito do projeto é proteger uma das áreas mais bem conservadas em termos de áreas naturais dentro da APA e da bacia, fortalecendo os serviços ambientais providos por estas áreas através do PSA aos proprietários.


CONFIRA Parceiros, editais e Fotos: 

PARCEIROS, EDITAL DE CHAMAMENTO E FOTOS